É isso mesmo o que você leu! A reciclagem não é a solução do problema do plástico no meio ambiente, pois o processo gera partículas microscópicas que podem contaminar a biosfera.
“O plástico não tem estrutura química compatível com a reciclagem, remoldagem ou reaproveitamento de qualquer tipo, visto que em qualquer um desses processos é gerada uma quantidade indesejável de microplástico, que é de difícil contenção. Dessa forma, a reciclagem, que há algum tempo era a solução, agora vemos que é um dos problemas”, afirma o professor doutor Marcelo Lima, do Laboratório de Química Bio-orgânica Ambiental (LQboA), da Unesp de Rio Preto.
O que são microplásticos?
Microplásticos são minúsculos detritos plásticos oriundos da fragmentação de plásticos maiores. São encontrados, principalmente, em forma de partículas de tamanho inferior a 5 mm.
A primeira vez que os microplásticos foram detectados no meio ambiente foi em 1970 e logo passaram a ser um fator de preocupação por poluírem cada vez mais os ambientes aquáticos.
De onde vem o microplástico?
Os microplásticos são divididos em duas categorias:
- Microplásticos primários:
São libertados diretamente para o ambiente como pequenas partículas através de lavagem de roupas sintéticas, desgaste dos pneus durante a condução e microplásticos adicionados intencionalmente em produtos de cuidados pessoais (por exemplo, microesferas em esfoliantes faciais); - Microplásticos secundários:
Provêm da degradação de objetos de plástico maiores, como sacos de plásticos, garrafas ou redes de pesca. Contabilizam-se entre 69% a 81% dos microplásticos encontrados nos oceanos.
Então quer dizer que reciclar não é bom para o meio ambiente?
Não. Há quem reutilize de maneira simples o plástico descartado para criar brinquedos, como carrinhos feitos de garrafa pet. Nesse sentido, a ação torna-se uma medida amenizadora contra o acúmulo do plástico, pois estimula o reuso do material e evita o descarte ao ar livre. Porém, nem todos os plásticos descartados podem ser reutilizados.
O que deve ser mudado não é a reciclagem, muito menos focar nesse processo, mas sim na origem do problema, ou seja, a produção do plástico.
As empresas precisam ser responsáveis pelo ciclo de vida completo de suas embalagens e produtos. É necessário que mudem suas posturas e implantem embalagens biodegradáveis que não geram microplásticos e não prejudicam a natureza e a vida selvagem.
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