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Bioplástico: marketing ou solução real para o meio ambiente?

Você já se perguntou se todo bioplástico é realmente sustentável?

A resposta pode surpreender. De acordo com o Clube da Embalagem, a demanda por bioplásticos no Brasil cresceu 235% em 2023, e a expectativa é de um novo salto de 107% até 2025. O avanço é expressivo, mas, ao mesmo tempo, levanta uma questão importante: o uso do termo “bio” nem sempre garante um impacto ambiental positivo.

Muitos produtos vendidos como bioplásticos não são necessariamente biodegradáveis ou compostáveis. E, em alguns casos, esses materiais apenas substituem a matéria-prima fóssil por fontes renováveis, sem oferecer vantagens reais no descarte. 

Por isso, no post de hoje, vamos entender o que realmente define um bioplástico sustentável, explorar as diferenças entre os principais tipos existentes e refletir sobre os limites do marketing ambiental em torno desses materiais.

O que é bioplástico?

Apesar de estar em alta nas embalagens e no discurso sustentável, o termo “bioplástico” ainda gera muita confusão. É comum associar a palavra diretamente à biodegradação, mas isso nem sempre é verdade.

De acordo com o blog Eu Reciclo, bioplástico é todo plástico produzido a partir de fontes renováveis, como amido de milho, cana-de-açúcar ou óleos vegetais. Ou seja, sua matéria-prima não vem do petróleo, o que representa um avanço na redução da dependência de combustíveis fósseis.

No entanto, a origem renovável não garante que esse material se degrada no meio ambiente. Muitos bioplásticos se comportam da mesma forma que os plásticos tradicionais, permanecendo por décadas na natureza se descartados incorretamente.

Origem renovável X destino sustentável

Enquanto o prefixo “bio” se refere à origem da matéria-prima, a sustentabilidade de um plástico depende do seu destino ambiental, ou seja, de como ele se comporta após o descarte.

Alguns bioplásticos são biodegradáveis, o que significa que se decompõem naturalmente por meio da ação de micro-organismos. Outros, além de biodegradáveis, são compostáveis, conseguindo se transformar em adubo em condições específicas.

Mas há também bioplásticos que não se degradam, mesmo sendo feitos de materiais vegetais. Um exemplo é o bio-PE (polietileno verde), que tem a mesma estrutura do PE (polietileno) comum e por isso não é biodegradável nem compostável (Fonte: Brasil Escola). 

O problema da rotulagem genérica

A confusão acontece porque o termo “bioplástico” é usado de forma genérica e muitas vezes estratégica. Produtos com selo “bio” passam uma ideia automática de sustentabilidade, mesmo quando não possuem nenhum comportamento ambiental diferenciado.

Por isso, é essencial entender que um plástico de origem vegetal não é, obrigatoriamente, mais ecológico do que os convencionais. A análise deve considerar não apenas a fonte, mas também o comportamento no descarte, a eficiência energética da produção e as possibilidades de reutilização ou compostagem.

Tipos de bioplásticos: entenda as diferenças

Embora o termo “bioplástico” seja usado com frequência, como já foi visto, ele engloba materiais muito diferentes entre si. A distinção entre eles está tanto na origem quanto no comportamento após o descarte e entender essas classificações é essencial para identificar soluções realmente sustentáveis.

Bioplásticos de fonte renovável (não biodegradáveis)

São produzidos a partir de fontes vegetais, como cana-de-açúcar ou milho, mas não se decompõem naturalmente no ambiente. Têm a mesma estrutura dos plásticos convencionais.

  • Exemplo: bio-PE (polietileno verde).
  • Vantagem: redução no uso de petróleo.
  • Limitação: gera resíduos plásticos como o PE (polietileno) tradicional.

Bioplásticos biodegradáveis

Além de poderem ter origem renovável, esses materiais se decompõem por ação de micro-organismos, transformando-se em compostos simples como água e CO₂. A degradação depende de condições ambientais específicas.

  • Exemplos: PLA (ácido polilático), PHA (polihidroxialcanoatos).
  • Vantagem: menor persistência no ambiente.
  • Limitação: muitas vezes precisam de ambientes industriais para se degradar.

Bioplásticos compostáveis

São biodegradáveis, mas também se transformam em adubo orgânico, sem deixar resíduos tóxicos, quando processados em sistemas de compostagem.

  • Exemplos: materiais que seguem normas como EN 13432, ASTM D6400 ou ABNT NBR 15448.
  • Vantagem: fechamento de ciclo com segurança ambiental.
  • Limitação: exigem infraestrutura adequada para compostagem.

O papel da RES Brasil na transformação do setor de embalagens

Com foco em inovação aplicada e responsabilidade ambiental, a RES Brasil desenvolve soluções que atendem às exigências técnicas e sustentáveis da indústria de embalagens. Entre os destaques estão o RES d2w™ Biodegradável, um masterbatch que torna plásticos biodegradáveis conforme a norma ASTM D6954 e o RES d2c™ Tecnologia Compostável, um polímero de base biológica que atende aos principais padrões de compostabilidade.

Essas tecnologias oferecem caminhos viáveis para empresas que desejam reduzir sua pegada ambiental e atender legislações cada vez mais rigorosas, sem abrir mão de eficiência e qualidade.

RES Brasil tem 25 anos de experiência atuando em desenvolvimento e fornecimento de materiais para indústrias fabricarem embalagens seguras e com o menor impacto ambiental possível.

Interessado nas nossas tecnologias de produtos e embalagens que salvam vidas e o meio ambiente? Fale com a gente agora mesmo.