Eduardo Van Roost
É parada dura pensar numa solução cuja sustentabilidade tenha sido tão contestada nos círculos do plástico mundial quanto a oxibiodegradação. Precursora na introdução por aqui do agente que acelera a decomposição do plástico por influência de luz, oxigênio, temperatura e umidade, a Res Brasil, representante desde os idos de 2000 da inglesa Symphony, fabricante do aditivo oxibio d2w™, perdeu a conta das contendas enfrentadas na mídia e em eventos para defender a eficácia de sua alternativa de biodegradação. Com o passar dos anos não só a poeira baixou como o jogo virou de vez com a nata dos transformadores de descartáveis de poliolefinas aderindo em peso ao d2w™ e com a sucessão de endossos obtidos lela Symphony à ação biodegradável que seu aditivo realmente entrega. O aval mais recente veio do verde bandeira governo francês, comemora nesta entrevista Eduardo Van Roost, diretor da Res Brasil.
Mais do que uma rejeição, a reação inicial do passado demonstrava uma insegurança causada pela confusão entre terminologias e nomenclaturas técnicas. O compartilhamento de informações claras sobre o conceito da oxibiodegradação contribuiu para sua aceitação definitiva. Em paralelo, o pensamento tipo “vou usar porque o cliente pede” deu vez a “preciso oferecer aos clientes antes que abandonem o plástico”.
Em sua análise de ciclo de vida (ACV), a certificadora inglesa de produtos Intertek (ISO 14040) concluiu que d2w™ é 75% melhor do que plásticos convencionais e compostáveis quando há possibilidade de descarte incorreto. Este fato iniciou a receptividade mundial ao conceito da oxibiodegradação, reforçada a seguir por outras comprovações no mesmo espírito. Mas a novidade que afastou quaisquer dúvidas foi a bioassimilação dos plásticos biodegradáveis, a partir da tecnologia d2w™, com segurança no ambiente marinho, condição sem similar mundial e atestada em seis anos de análise pelo estudo Oxomar, empreendido pela agência nacional pesquisa do governo francês (ANR) e coordenado pelo laboratório oceanográfico de microbiologia (LOMIC), integrante do Observatório Oceanológico de Banyuls. Ficou patente que d2w™ é uma forma de seguro para plásticos que eventualmente escapam da economia circular e acabam depositados na natureza. Comprovadamente reciclável junto com os plásticos convencionais, a segurança da biodegradabilidade do nosso aditivo sem deixar resíduos nocivos na superfície do solo é garantida por sua conformidade com a norma ASTM 6954-18.
Em breve, aliás, teremos uma nova linha de polímeros de origem renovável, a partir de matérias-primas consideradas pragas presentes na natureza. A primeira planta da Symphony para esse bioplástico já partiu na França e planejamos introduzi-lo aqui no segundo semestre de 2022.
Não faz sentido nem é preciso banir o plástico convencional e suas ótimas características, como quer um contingente de legisladores e indivíduos. Uma solução é beneficiar a resina com d2w™. No Brasil, a guerra contra o plástico começou por volta de 2007 e, mais especificamente, contra as sacolas. Este é o motivo de o mercado nacional de flexíveis ter se antecipado à necessidade e tendência da sustentabilidade, sendo até agora o segmento de uso mais robusto de d2w™. Quando, mais recentemente, a plasticofobia se alastrou para a seara dos descartáveis rígidos de poliolefinas, seus transformadores começaram a colocá-los no mercado acrescidos da nossa tecnologia. A propósito, descartáveis de PET e poliestireno tradicional e expandido não são aditivados com d2w™ porque a composição da cadeia molecular desses polímeros permite somente uma reduzida e lenta biodegradação quando conjugada com qualquer tipo de aditivo com esta finalidade. Até hoje não vimos um laudo que comprove o cumprimento de norma de biodegradação para essas resinas.
Junto com transformadores de recipientes de polietileno (PE) e polipropileno (PP), estamos trabalhando com o combo d2w™ e d2pAM™ para retirar a conotação de uso único desses produtos. A combinação de aditivos contempla a embalagem com poder de oxibiodegradação aliado à ação antimicrobiana, viabilizando a possibilidade do seu reúso por mais tempo e de forma segura para as condições físicas dos usuários. Por sua vez, no segmento de descartáveis de papel laminado com plásticos, a adição de d2w™ acelera a oxibiodegradação do polímero, devolvendo ao papel a biodegradabilidade antes inibida pela laminação.
Sim. Notamos um aumento do interesse por embalagens em PE ou PP que combinam d2w™ e o antimicrobiano d2pAM™ no delivery de alimentos. Denominamos este combo de Health & Bio. A característica antimicrobiana tem sido procurada pela segurança de uma embalagem limpa por muito tempo depois de produzida, que protege com eficiência os alimentos e a saúde das pessoas (consumidores, entregadores, porteiros, pessoas envolvidas na coleta e reciclagem), incentivando também a reutilização dela.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |